Sou um aprendiz por vocação. Curioso e inquieto estou sempre à procura de algo novo para aprender.
Amo ouvir boas palestras, aulas, mensagens. Por isso, embora seletivo, gosto de participar de treinamentos, congressos e encontros que sei, vão me ajudar a crescer. Interesso-me por inúmeros temas (teologia, filosofia, história, política, economia, pedagogia, comunicação, gestão de pessoas etc). O não saber algo me instiga desafia-me.
Por outro lado, preciso confessar: Há alguns anos tenho desenvolvido também a disciplina do “não saber”. Há temas que deliberadamente decido não me aprofundar. Temas, a respeito dos quais, permaneço quase que na mais completa ignorância. Deixem-me listar alguns:
Quase nada sei sobre as novelas da TV. Não sou capaz de falar sobre enredo, nome dos autores e de suas personagens. Se fosse a um programa de TV para responder perguntas sobre as estrelas globais ficaria, com certeza, em último lugar ou seria eliminado logo na primeira rodada.
Não assisto ao Big Brother Brasil. Não sou capaz de citar o nome de nenhum de seus participantes (que também não sei quantos são) e também não conheço as regras do programa. O Big Brother Brasil não desperta o meu interesse. Aliás, quando vejo nos intervalos da programação da Globo as chamadas do BBB, sinto saudade do Pedro Bial correspondente internacional da Rede Globo, no início da década de 1990, em Londres.
Não leio a revista Caras, nem a Capricho ou outra revista de fofocas (que sequer sei citar os nomes).
Não sei quem casou com quem, quem se divorciou de quem ou onde os famosos passaram suas últimas férias.
Para ser sincero nestes e noutros assuntos tenho descoberto o prazer de não precisar, não desejar e não querer saber.
Que diferença faz conhecer tudo sobre o que acontece nas novelas?
E saber onde os famosos passam férias? Para que serve?
E quanto ao BBB? Há algo de bom que posso aprender com eles?
Saber dá muito prazer, porém dependendo do tema, sinto-me feliz por ficar na ignorância.
No serviço do Mestre
Pr. Elias Neves de Souza
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