quinta-feira, 24 de março de 2011

A lógica tola dos “amigos da onça” de Jó


“Vós sois todos médicos que não servem para nada. Ah! Antes ficásseis totalmente calados, pois assim passaríeis por sábios” (Jó 13. 4 e 5)

Sempre que algum tipo de sofrimento acontece, surgem os teólogos, filósofos, religiosos de todas as espécies para dar explicações. Mas o que a experiência mostra é que as explicações para o sofrimento e para dor, em geral, acabam trazendo mais dor e sofrimento do que consolo. O patriarca Jó que o diga. Na verdade, o verso acima citado, foi uma fala de Jó para seus “amigos da onça”: Elifaz, Zofar e Bildade. Quando eles souberam da calamidade acontecida a Jó, solidariamente logo se dispuseram a estar com ele, rasgar as vestes e lamentar junto dele por tamanha dor. Até aí tudo bem. O problema é que eles começaram a falar, a dar explicações, fazer suposições e imposições a Jó etc, infelizmente, abriram a boca e disseram uma bobagem atrás da outra. Como disse um músico brasileiro já falecido: “quem fala demais, não tem nada a dizer”. Essa citação cai que nem uma luva sobre as cabeças dos amigos de Jó. Quem dera Elifaz, Zofar e Bildade conhecessem a arte de ficar calados, pelo menos teriam passado por sábios.

Os amigos de Jó passam o tempo todo o acusando de algum tipo de pecado, visto que nas suas mentes, o sofrimento era consequência de desobediência a Deus, ou seja, pecado. Da argumentação desses homens, surge uma teologia que pode ser nomeada de várias maneiras, tipo: “teologia da retribuição”, “teologia moral de causa e efeito”, enfim, essa é a teologia dos “amigos da onça” e falastrões de Jó. Essa teologia parte do pressuposto de que coisas boas acontecem somente com pessoas boas, e coisas ruins acontecem só com pessoas ruins. Por isso que argumentaram incessantemente que Jó havia feito alguma coisa ruim para estar sofrendo. Dentro dessa lógica tola quando alguém sofre, é porque está pagando por algum mal que cometeu,  e isso, nada mais é do que conceito de carma dos espíritas kardecistas.


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Coisas que fazem mal quando você faz o bem


As afirmações abaixo são verdadeiras.
Se você gosta de evitar fazer o mal, não leia.
Caso você deseje fazer o mal, leia.
Se você é bom, leia com atenção. Pode ser que você mude de idéia acerca de você mesmo.
Havendo dúvida, leia assim mesmo.
Havendo certeza, não perca seu tempo. Leia outra coisa.
Não havendo nada para fazer, faça o bem.
Se você não sabe o que é bom, olhe no espelho, abra a janela, beba água, ande, coma, beba, ame, e não se sinta culpado por gostar dessas banalidades. Faz bem!
Preparado? Não fique ansioso demais. Não há nada maravilhoso e nem tampouco novo sendo escrito aqui.

Leia então:

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O PRAZER DE NÃO SABER


Sou um aprendiz por vocação. Curioso e inquieto estou sempre à procura de algo novo para aprender.
Amo ouvir boas palestras, aulas, mensagens. Por isso, embora seletivo, gosto de participar de treinamentos, congressos e encontros que sei, vão me ajudar a crescer. Interesso-me por inúmeros temas (teologia, filosofia, história, política, economia, pedagogia, comunicação, gestão de pessoas etc). O não saber algo me instiga desafia-me.
Por outro lado, preciso confessar: Há alguns anos tenho desenvolvido também a disciplina do “não saber”. Há temas que deliberadamente decido não me aprofundar. Temas, a respeito dos quais, permaneço quase que na mais completa ignorância. Deixem-me listar alguns:

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Por que ser dízimista?


Dar o dízimo é um dever moral e religioso do crente, por que:

A LEI DIVINA MANDA DIZIMAR – o princípio do dízimo foi conhecido e observado pelos patriarcas, como divino e eterno. Foi assim que se incorporou à Lei de Moisés e foi ordenado pelos profetas do Velho Testamento, como exigência de fé e de dever (Lev. 27.30; Mal. 3.8).

A MORDOMIA BÍBLICA INCLUI O DÍZIMO – A prática da mordomia cristã abrange todos os setores da vida humana. A mordomia dos bens materiais é uma parte da fidelidade dos filhos de Deus. A entrega do dízimo é uma maneira concreta de expressar a mordomia na vida do crente. A Bíblia é bem clara nas exortações quanto à contribuição liberal, regular e proporcional por parte do discípulo de Jesus.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O Perdão é a casa da liberdade


Nós somos capazes de atitudes autodestrutivas.
Nós as temos por acharmos que elas não nos destroem.
Nós somos capazes de produzir, guardar, acumular, sedimentar mágoas contra uma pessoa.
Este processo leva anos e a cada dia, morde os nossos músculos, carcome (gasta) os nossos corações e estiola (murcha) as nossas almas.

O ódio entrou um dia lábios adentro, aninhou-se no nosso estômago e nós o alimentamos todos os dias. A palavra que nos feriu (mesmo que o nosso desafeto sequer tenha consciência que a proferiu) turbina a nossa memória e produz até lembranças de fatos que nunca existiram.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

JESUS – A Luz da Vida


“Eu sou a luz do mundo; quem me seguir jamais andará em trevas, mas terá a luz da vida”. (João 8.12).

Fico encantado ao olhar para o texto bíblico e perceber como a idéia da luminosidade acompanha as ações criadoras e salvadoras de Deus no mundo. Gênesis 1.2a e 3 diz assim: “a terra era sem forma e vazia [...]. Disse Deus haja luz. E houve luz”. O texto ensina que quando o universo era caos, Deus por sua Palavra criou o cosmos, ou seja, Ele bondosa e poderosamente criou todas as coisas e as deixou em ordem. Seu ato primeiro foi a criação da luz.


sábado, 5 de fevereiro de 2011

Não Temas


 Ele sempre estava nos mandando ter coragem

Não é à toa que Jesus trava tremenda guerra contra o medo. Seu comando emerge do lema “não tema”. Os evangelhos listam cerca de 125 imperativos emitidos por Cristo. Destes, 21 nos dizem para “não temer” ou “não ter medo” ou “ter coragem”. Jesus leva nosso medo a sério. A frase que ele disse mais do que qualquer outra foi esta: não tenha medo.

Eu me pergunto se os discípulos alguma vez refletiram nas frases mais comumente repetidas de Cristo. Se tiverem feito, teriam notado: “Ele sempre estava nos mandando ter coragem”.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Filosofia da Culpa


6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. 7 Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si”.  Genesis 3:6-7

Já ouviram falar na expressão: “transferência de responsabilidade”? Penso que se errar é humano, colocar a culpa nos outros, então nem se fala... rss. É engraçado como o ser humano tem uma incrível capacidade de não assumir suas responsabilidades ou tentar justificá-las de qualquer forma. Cá entre nós, tentar justificar o erro torna-se ainda mais errado, gosto de dizer: “explica, mas não justifica”. Errou, errou e pronto. Reconhecer o erro é uma virtude. Gosto de ser prático.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Onde Está Deus? Uma Resposta



Onde está Deus quando desastres naturais provocam mortes às centenas?

Deus está nas leis da natureza, desde quando a criou para seguir seu curso em nossa humana companhia.

Deus não está com aqueles que persistem em ignorar as regras que regem os sistemas naturais.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Como se começa uma história?


Uma boa história começa já pensando em um bom final. Ninguém lê um livro achando que o final será ruim. Espera-se sempre uma boa trama, personagens dramáticos, um toque de comédia e um romance bem difícil.

Não há história sem personagem. Bem, este, o autor pode construir, editar, reeditar, inventar e inovar. Ele está inserido em um contexto, num dado momento, tempo e espaço. Ele é alguém, mesmo se está parado ou em pleno movimento. Ele está lá, a mercê do enredo, preso ao momento em que está em foco, não sabe bem ao certo como será o final da história, mas sabe que é preciso caminhar, mesmo que seja o seu destino algo trágico. Assim como o leitor, ele deseja o desfecho.

Quem é o autor da sua história?

Ou está sempre alienado com que os outros desejam que você seja? Apesar de tudo, mesmo se o leitor não goste do jeito de ser do personagem, não tem como interferir no destino deste, a não ser que seja o próprio autor.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Caminho Estreito do Perdão


Perdoar é perder. Como não queremos perder, não perdoamos.

Quando perdoamos, perdemos parte da herança que nos era devida, embora não seja justo perder parte da herança.

Quando perdoamos, perdemos a justiça que nos era devida. (Ah! Se ao menos nos pedissem perdão humilhadamente, estaríamos um pouco vingados e, então, perdoaríamos.)

Quando perdoamos, perdemos o prisioneiro que o nosso ódio algemava. Perdoar é deixar livres as mãos que nos golperam.

Perdoa quem põe o dinheiro nos degraus mais baixos da sua escala de valores.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ser Cristão É Ter Desafios 3


“Procura apresentar-te APROVADO diante de Deus, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. (2 Timóteo 2.15)

O nosso 1º DESAFIO é apresentar-se Aprovado diante de Deus e o 2º DESAFIO é “não ter motivos de vergonha”. O 3º e ultimo DESAFIO é Manejar bem a Palavra

“... que maneja bem a palavra da verdade”.

Acompanhe o raciocinio: Aquele que é aprovado por Deus. Aquele que não tem motivos de vergonha. MANEJA corretamente a palavra da verdade.

A Palavra é Manejar no grego é ortotoméo – Significa: Cortar uma linha reta; guiar por uma estrada reta; para ter o uso apropriado e correto. A metáfora pode ter as seguintes realidades como base e eu pensei em pelo menos três.


sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ser Cristão É Ter Desafios 2


“Procura apresentar-te APROVADO diante de Deus, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. (2 Timóteo 2.15)

O nosso 1º DESAFIO é apresentar-se Aprovado diante de Deus e o nosso 2º DESAFIO é “não ter motivos de vergonha

“... como obreiro que não tem de que se envergonhar...”

·         Aquele que está aprovado não tem nenhum motivo de vergonha.
Essa é a idéia, não ter motivos de vergonha, nenhuma acusação deve haver sobre você. Entramos agora, noutro aspecto: O 1º em relação a Deus – Para Apresentar-se Aprovado; Agora em relação aos que nos cercam. Trata-se, portanto, do nosso testemunho. Por isso devemos tomar alguns cuidados:

 “não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado”. (2 Coríntios 6.3)  


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ser Cristão É Ter Desafios 1


“Procura apresentar-te APROVADO diante de Deus, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. (2 Timóteo 2.15)

Como cristãos temos inúmeros desafios em nosso dia a dia. Esta carta foi escrita pelo apóstolo Paulo a fim de instruir e encorajar Timóteo em seu ministério. Paulo direcionou Timóteo para desenvolver em sua vida o caráter cristão, o caráter que Cristo Aprova, com a idéia de que ele também guiaria outros neste mesmo rumo. Timóteo era um pastor jovem e cheio de desafios.

Mas estes desafios não foram apenas para Timóteo, quero direcioná-los a nós, a mim e vocês, por isso: Quero mostrar neste texto 3 DESAFIOS que  temos como cristãos.

O 1º DESAFIO é Apresentar-se Aprovado

Procura apresentar-te Aprovado diante de Deus...


sábado, 1 de janeiro de 2011

Faça Boas Escolhas


“Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir…” (Js 24.15).

Israel ia entrar em uma nova etapa em sua vida. O líder da conquista de Canaã, Josué, sairia de cena: “Eis que vou hoje pelo caminho de toda a terra…” (Js 23.14). Ele conclama o povo a reafirmar seu compromisso com Deus e o exorta a escolher a quem servir. Mas define: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15).

Não sou Josué nem estou me programando para morrer nestes dias, embora esteja preparado para partir a qualquer momento. Mas lembro que em poucos dias iniciaremos uma nova etapa em nossa vida: 2011. Há uma grande mística nisso. Na realidade, apenas trocaremos o calendário. Nossas contas não serão zeradas nem nossos problemas solucionados por causa disso. Não emagreceremos ou engordaremos, nem melhoraremos ou pioraremos pelo fato de entrarmos em 2011. O foguetório da passagem de ano me recorda o título de uma peça de Sheakespeare: “Much ado for nothing” (“Muito barulho por nada”). Porque nada muda.